domingo, 11 de novembro de 2012

Willkommen!


Desembarca hoje em Lisboa a chefe do governo de um país que, com outros 26, faz parte dessa "união" dita europeia. Não, não é na Faixa de Gaza, Kandahar ou Bassorá, é em Lisboa, e a personalidade é de um país amigo em visita a outro. Porquê então tanta animosidade? Porque esse aliado desconhece o valor da palavra solidariedade; porque esse país perdeu duas guerras, nas quais quis dominar a Europa, e ainda assim foi ajudado a recuperar, com políticas e programas que agora nega aos outros; porque esse país desconhece a realidade do país que visita, como aliás sempre fez de Bismarck a Hitler, com as suas pretensões expansionistas.E que olha para os "aliados" como preguiçosos que devem ser castigados e condenados por violarem regras que ele, que as inventou, raramente cumpriu. Manda quem pode, mas dever-se-á obedecer?
A visita da senhora Merkel, pessoa simpática até, não adianta se nada do que vier fazer ou dizer conduzir a mudanças e influenciar o Conselho Europeu, o Eurogrupo ou o BCE no sentido de mudar a política seguida, de modo a que quem deve, possa pagar, e voltar a recuperar com dignidade. Se tal não acontecer, por omissão, será cúmplice dum caminho que cavará definitivamente o fosso de um projecto que caminha para o limbo, e a verificação de que os europeus, que nunca tiveram um período sem guerras superior a 50 anos, desunidos e sem rumo, se tornarão irrelevantes a curto prazo, face a um mundo que vê emergir os BRICS e muda o eixo dominante da economia mundial para a zona do Pacífico.
Para a senhora Merkel, o vídeo de Rodrigo Moita de Deus que a edilidade de Berlim não quis deixar passar.E já agora, prove um pastel de Belém, e regresse inspirada no sol de Lisboa.

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