Anuncia a Câmara de Sintra que
vai iniciar "trabalhos conducentes à substituição de árvores que se
encontram em deficientes condições fisiológicas e estruturais para permanecerem
em locais públicos." Segundo a autarquia, os exemplares em causa
"foram objecto de aturados estudos efectuados pelo Instituto Superior de
Agronomia (ISA), dos quais resultou relatórios com a recomendação de que são
árvores que constituem elevado perigo para a segurança de pessoas e bens."
As árvores a substituir estão implantadas nos seguintes locais: Estrada de Chão
de Meninos; Rua Vasco Vidal; Largo Afonso de Albuquerque; Rua D. João de Castro
e Rua José Estevão Morais Sarmento. A autarquia informa ainda que os relatórios
do ISA estão disponíveis para consulta nas instalações da Divisão de Espaços
Verdes (Rua das Eiras, 34, em Mem Martins).:Fonte: TUDO SOBRE SINTRA, blogue de Luís Galrão.
Lembre-se a propósito as polémicas
"intervenções" de anos anteriores que os serviços camarários fizeram
em diversas árvores no centro de Sintra, ou a Estradas de Portugal no famoso caso dos plátanos de Colares. Apesar de, por exemplo, o ano passado, a comunicação pública ter
sido feita pela Câmara Municipal através do seu website referindo que “A Câmara
Municipal de Sintra deu início à substituição de árvores que se encontram em
deficientes condições fisiológicas para permanecer em locais públicos, após
estudo efectuado pelo Instituto Superior de Agronomia.” , nunca até ao momento isso se verificou.
Relembremos: na Correnteza, por exemplo,
diversas árvores foram substituídas por… calçada.
Significará por estas bandas
“substituição” o mesmo que “remoção”? E que coerência existe, por exemplo,
também em relação ao Vale da Raposa, autêntico matagal e depósito de lixo, em
perigo claro de incêndio nos meses de Verão, posição já assumida pelas
corporações de Bombeiros? Não haverá aqui risco eminente para a segurança
pública? É privado, eu sei mas… que raio! Então servirá só a fiscalização para
intervir em situações menores e por vezes caricatas?
A decisão de abate ou mera poda
de uma árvore, enquanto bem público e elemento fundamental do ambiente urbano
que é, deverá ser sempre um último recurso, a ponderar de forma fundamentada e
criteriosa.
COMO FOI O ANO PASSADO (EXEMPLOS)
COMO FOI O ANO PASSADO (EXEMPLOS)
NA VILA VELHA (Fotos de Pedro
Macieira)
NA RUA D.JOÃO DE CASTRO(Fotos de Ricardo Duarte)
Pergunta-se: se estavam
doentes, quem as deixou de tratar, ou esqueceu-se de espaço para rega, e
danificou as raízes quando se realizaram obras no subsolo? Matar quem se
deixa morrer, é desculpa que nada justifica.
Já o ano passado, o director do Departamento de Ambiente da Câmara de Sintra, em colóquio promovido pela Alagamares, enfatizou ter nos últimos anos aumentado a participação dos cidadãos em torno destes temas, bem como ter vindo a reduzir o número de reclamações junto da autarquia, e anunciou a edição de uma brochura Árvore Morta, Árvore Posta, na qual de forma pedagógica se explicará o que vai acontecer após o abate de árvores.Será assim? Estamos atentos, atendendo a que não é só a situação fitossanitária que deve ser tida em conta, mas também o direito à imagem, que conforma a paisagem, e contou sobremaneira na classificação de Sintra como paisagem cultural.
Notícias relacionadas:
COLÓQUIO EM DEFESA DAS ÁRVORES DE SINTRA-2012
ABATE DE ÁRVORES-QUE PODEM OS CIDADÃOS FAZER?
Já o ano passado, o director do Departamento de Ambiente da Câmara de Sintra, em colóquio promovido pela Alagamares, enfatizou ter nos últimos anos aumentado a participação dos cidadãos em torno destes temas, bem como ter vindo a reduzir o número de reclamações junto da autarquia, e anunciou a edição de uma brochura Árvore Morta, Árvore Posta, na qual de forma pedagógica se explicará o que vai acontecer após o abate de árvores.Será assim? Estamos atentos, atendendo a que não é só a situação fitossanitária que deve ser tida em conta, mas também o direito à imagem, que conforma a paisagem, e contou sobremaneira na classificação de Sintra como paisagem cultural.
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