quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

A poda de árvores de volta a Sintra


Anuncia a Câmara de Sintra que vai iniciar "trabalhos conducentes à substituição de árvores que se encontram em deficientes condições fisiológicas e estruturais para permanecerem em locais públicos." Segundo a autarquia, os exemplares em causa "foram objecto de aturados estudos efectuados pelo Instituto Superior de Agronomia (ISA), dos quais resultou relatórios com a recomendação de que são árvores que constituem elevado perigo para a segurança de pessoas e bens." As árvores a substituir estão implantadas nos seguintes locais: Estrada de Chão de Meninos; Rua Vasco Vidal; Largo Afonso de Albuquerque; Rua D. João de Castro e Rua José Estevão Morais Sarmento. A autarquia informa ainda que os relatórios do ISA estão disponíveis para consulta nas instalações da Divisão de Espaços Verdes (Rua das Eiras, 34, em Mem Martins).:Fonte: TUDO SOBRE SINTRA, blogue de Luís Galrão.

Lembre-se a propósito as polémicas "intervenções" de anos anteriores que os serviços camarários fizeram em diversas árvores no centro de Sintra, ou a Estradas de Portugal no famoso caso dos plátanos de Colares. Apesar de, por exemplo, o ano passado, a comunicação pública ter sido feita pela Câmara Municipal através do seu website referindo que “A Câmara Municipal de Sintra deu início à substituição de árvores que se encontram em deficientes condições fisiológicas para permanecer em locais públicos, após estudo efectuado pelo Instituto Superior de Agronomia.”  , nunca até ao momento isso se verificou.

Relembremos: na Correnteza, por exemplo, diversas árvores foram substituídas por… calçada.




Significará por estas bandas “substituição” o mesmo que “remoção”? E que coerência existe, por exemplo, também em relação ao Vale da Raposa, autêntico matagal e depósito de lixo, em perigo claro de incêndio nos meses de Verão, posição já assumida pelas corporações de Bombeiros? Não haverá aqui risco eminente para a segurança pública? É privado, eu sei mas… que raio! Então servirá só a fiscalização para intervir em situações menores e por vezes caricatas?

A decisão de abate ou mera poda de uma árvore, enquanto bem público e elemento fundamental do ambiente urbano que é, deverá ser sempre um último recurso, a ponderar de forma fundamentada e criteriosa. 

COMO FOI O ANO PASSADO (EXEMPLOS)


NA VILA VELHA (Fotos de Pedro Macieira)

NA RUA D.JOÃO DE CASTRO(Fotos de Ricardo Duarte)
Pergunta-se: se estavam doentes, quem as deixou de tratar, ou esqueceu-se de espaço para rega, e danificou as raízes quando se realizaram obras no subsolo? Matar quem se deixa morrer, é desculpa que nada justifica.
Já o ano passado, o director do Departamento de Ambiente da Câmara de Sintra, em colóquio promovido pela Alagamares, enfatizou ter nos últimos anos aumentado a participação dos cidadãos em torno destes temas, bem como ter vindo a reduzir o número de reclamações junto da autarquia, e anunciou a edição de uma brochura Árvore Morta, Árvore Posta, na qual de forma pedagógica se explicará o que vai acontecer após o abate de árvores.Será assim? Estamos atentos, atendendo a que não é só a situação fitossanitária que deve ser tida em conta, mas também o direito à imagem, que conforma a paisagem, e contou sobremaneira na classificação de Sintra como paisagem cultural.

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