No
município de Sintra o escalão etário de funcionários municipais mais representativo está na faixa dos
50-54 anos, e se nos reportarmos ao número de trabalhadores com mais de 45
anos, eles representam 64,4% do total. Ora se tal se pode traduzir em experiência, qualificação e maturidade, é
também um handicup para a realização
em plenitude de tarefas mais operacionais, aumentando as situações de pressão e
stresse, e consequentemente as depressões, sensação de fadiga e apatia, como aliás em qualquer outro serviço público da Administração central ou local.
Na
verdade, a mimetização de procedimentos, as rotinas prolongadas, a
pavloviana resistência a salivar por cada vez menos osso ou campainha,
traduzem-se em falta de estímulo e enfraquecem o necessário
espírito de mudança que deve estar presente quando se deseja fazer reformas,
pois não há reformas sem pessoas e muito menos contra elas.
O
anátema que os governos têm lançado contra o funcionalismo, associado a rotinas secantes e ao envelhecimento
sem motivação que está hoje presente em muitos serviços, muitas vezes visto como um
presídio sem perspectiva de liberdade condicional, está
a enfraquecer a Administração, a que acresce a falta de renovação de quadros e técnicos a quem possa ser feita a
transmissão duma cultura de procedimentos sem rupturas que a substituição de funcionários experientes reformados
por outros sem essa incorporação psicológica e organizacional originará.
Devem os governos pois olhar para os funcionários como pessoas e não números ou servos, pois só assim se ganhará em produtividade, motivação e eficiência.
Devem os governos pois olhar para os funcionários como pessoas e não números ou servos, pois só assim se ganhará em produtividade, motivação e eficiência.
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