terça-feira, 4 de março de 2014

Lembrar Artur Anjos Teixeira

A 4 de Março de 1935, há 79 anos, falecia Artur Anjos Teixeira.
Artur Gaspar dos Anjos Teixeira nasceu a 18 de Julho de 1880. Filho de um Arquitecto e sobrinho de Escultores, desde muito cedo demonstrou os seus dotes de grande artista, não só na Escultura, como também a nível do Desenho, da Aguarela, da Caricatura, da Ilustração e da Música.
Em 1907, decide entrar para a Escola de Belas-Artes de Lisboa, onde se torna pupilo do Escultor Simões de Almeida.
Terminada a sua formação, vai trabalhar no Atelier de Escultura de Costa Mota. Concorre, mais tarde, a uma Bolsa de Estudos do `Legado Valmor` para Paris. Na capital francesa, e à semelhança de outros artistas seus contemporâneos, notabiliza-se com diversos trabalhos, que merecem, desde logo, grandes elogios da crítica e dos meios de comunicação.
Com o estalar da I Grande Guerra, em 1914, regressa a Portugal, fixando residência em Mem-Martins. Após o reconhecimento artístico em França, o Estado Português encomenda-lhe a "Estátua da República" que se encontra, ainda hoje, na Sala de Deputados do Palácio de São Bento.
Também atribuída a este fecundo período português, 1914-1934, temos a execução dos seus trabalhos mais representativos, sobretudo os de cariz monumental: "Monumento a Carvalho Araújo" (Vila Real, 1925); "Monumento ao Soldado de Infantaria 19" (Cascais, 1922); "Imagem de São Patrício" (Museu de Escultura Comparada, Mafra, 1922); "Monumento aos Soldados Mortos na I Grande Guerra" (Viseu, 1927); "Busto de Egas Moniz", (Penafiel, 1927): "Busto de Adriano Coelho" (Jardim Zoológico, 1934); e "Monumento a Camilo Castelo Branco", de grande pureza estética e força dramática, o qual ganhou o 1º Prémio de Escultura, em 1934.
Motivo comum a toda a sua obra, de magistral observador, é a figura humana, que o leva, inclusivamente, a humanizar os pedestais e os ambientes em que as pessoas se encontram, nas composições. 

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