A escultura neoclássica em Portugal seguiu a grande corrente
internacional. Inspirou-se nos modelos clássicos e desenvolveu uma grande
simplicidade formal como reação aos dinâmicos modelos anteriores. Como a
tradição católica era muito forte, o nu teve pouca utilização, por ser
socialmente mal visto, recorrendo a roupas de inspiração clássica, por vezes
rígidas, mas tentando seguir os cânones do estilo. Era serena, impessoal, mas
devido à influência da tradição Rococó os vários artistas conservaram alguma
linguagem pessoal.
O principal escultor foi, sem dúvida, João José de Aguiar.
Nascido em 1769, em Belas, destacou-se nos estudos e foi enviado para Roma onde
terminou a sua preparação no atelier
de Canova. Esta oportunidade, de estudar com um dos maiores escultores do seu
tempo, foi bem aproveitada e o resultado é visível na qualidade da sua obra.
Executou, ainda em Itália, várias obras, das quais se destaca o monumento à
rainha D. Maria I em 1797. A rainha é apresentada como uma figura romana,
ladeada por quatro figuras femininas, cada uma representando um dos continentes
por onde se estendia o império português. Com a morte de Machado de Castro,
Aguiar ocupou o lugar deixado vago nas obras do Palácio Nacional da Ajuda,
executando um conjunto de esculturas decorativas. Também são da sua autoria
algumas obras em bronze destinadas ao altar-mor de Mafra. A sua principal
realização é a escultura em corpo inteiro de D. João VI para o Hospital da
Marinha realizada em 1823. Algumas obras:
Estátua de D.Maria I, Queluz
Estátua de D.João VI, Palácio da Ajuda
Uma das várias estátuas do Palácio da Ajuda
Um escultor com raízes em Sintra, e a todos os títulos, dela desconhecido.
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