O Cinema
Odéon, sito na Rua dos Condes, em Lisboa, data de 1927 e é hoje o cinema com
mais história de Lisboa, tendo passado pela sua tela clássicos do mudo e do
sonoro, grandes êxitos do cinema português bem como teatro radiofónico.
O conjunto da sala, com 84 anos, e hoje ao abandono é formado pelo tecto de madeira tropical aparente (único no país e espantosamente intacto depois de 16 anos de abandono); pelo lustre de néons gigantes irrradiantes (peças electro-históricas), que uma longa corrente vertical, comandada do tecto, faz deslizar até ao chão para manutenção; pelo luxuriante palco com moldura e frontão em relevo Art Deco (outro caso único); pela complexa teia de palco, com o seu pano de ferro; e pela série de camarotes, galerias e balcões em andares, tudo isto forma um exemplar assinalável, mais ainda por ser o último do género existente em Portugal.
O conjunto da sala, com 84 anos, e hoje ao abandono é formado pelo tecto de madeira tropical aparente (único no país e espantosamente intacto depois de 16 anos de abandono); pelo lustre de néons gigantes irrradiantes (peças electro-históricas), que uma longa corrente vertical, comandada do tecto, faz deslizar até ao chão para manutenção; pelo luxuriante palco com moldura e frontão em relevo Art Deco (outro caso único); pela complexa teia de palco, com o seu pano de ferro; e pela série de camarotes, galerias e balcões em andares, tudo isto forma um exemplar assinalável, mais ainda por ser o último do género existente em Portugal.
O Cinema Odéon esteve em vias de classificação como Imóvel de Interesse Público
de 2004-2009, altura em que o processo foi arquivado. Neste momento, e não
existindo nenhuma classificação municipal, mantém-se apenas a ténue protecção
de estar inserido no perímetro de classificação do conjunto da Avenida da
Liberdade classificada recentemente Conjunto de Interesse Público.
O Cinema Odéon está fechado e à venda desde meados da década de 90, sendo que
por força dessa circunstância e da verificada falta de obras de conservação, as
suas galerias metálicas, as suas fachadas (sobretudo a tardoz) e a clarabóia no
telhado, necessitam de obras
Em 2011 foi aprovada pela Câmara Municipal de Lisboa, uma informação prévia
conducente à transformação do Odéon em centro comercial com estacionamento
subterrâneo para automóveis, apontando-se como elementos a preservar o seu
tecto de madeira e o frontão de palco, ainda que em local a considerar;
tornando assim irreversível a não reutilização do Odéon enquanto cinema e/ou
teatro.
Mas o seu futuro e preservação coerente e responsável não se compadece com o aleatório de "manter a cobertura e a fachada" - que uma obra em profundidade, como a que se anuncia (dois pisos subterrâneos!) destruirá inevitavelmente - nem é suficiente essa preservação "da pele", sem o poderoso miolo.
Mas o seu futuro e preservação coerente e responsável não se compadece com o aleatório de "manter a cobertura e a fachada" - que uma obra em profundidade, como a que se anuncia (dois pisos subterrâneos!) destruirá inevitavelmente - nem é suficiente essa preservação "da pele", sem o poderoso miolo.
Em Sintra ou
noutros lugares, a vigilância em torno do património em risco deve ser activa e
permanente!
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