sábado, 13 de abril de 2013

O governo dos teóricos



Face a uma crise de proporções anormais, seria de pensar que os melhores e mais experientes seriam convocados para lidar com uma realidade que se sente nos locais de trabalho, escolas, hospitais ou transportes de forma amarga e pesada. Um governo presidido por alguém que nunca geriu uma empresa, e prega a favor do emprendedorismo , chamando piegas a quem não arrisca, mas se acobertou toda a vida em lugares nas juventudes partidárias ou empresas de correlegionários amigos, não pode conduzir o país a uma solução que a todos envolva, olhando as pessoas como compatriotas e iguais, mas como meros números em folhas de Excel ou anódinos powerpoints .
A par do seráfico e académico Gaspar, do universitário Álvaro ou dos tirocinantes estagiários Mota Soares e Cristas, "reforça-se" agora o governo com os "experientes" teóricos Maduro e Lomba, tudo concorrendo para constituir uma associação académica mais que o Governo de um país em crise. É o que há, dirão alguns. Mas se não há mais e melhor, bem podemos começar a tratar dos vistos, ou tomar atitudes consequentes de uma vez por todas. E isto tem a ver com outros partidos, também. Um Governo de emergência nacional tem de convocar os empresários de sucesso, o mundo do trabalho, a academia e todos os que ao longo dos anos com experiência acumulada aprenderam a lidar com as crises, e assim dar avisado contributo. Defensor da juventude e de ideias arejadas, penso porém faltar cabelo branco e o saber da História nos centros do actual poder. Sobram os boys, mas, infelizmente, só bad boys.

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