quinta-feira, 21 de junho de 2012

Rio+20: um novo "flop"

Posta a parafernália das declarações de amor ao planeta e ao desenvolvimento sustentável, o circo de rastafaris e activistas vegan e alguns patuscos que sempre surgem nestas ocasiões, a Cimeira Rio+20 está transformada em mais um cinematográfico flop, por entre índios da Amazónia passeando no metro do Rio de Janeiro e os burocratas da ecologia que não distinguem um colibri duma andorinha e preparam esotéricas declarações de fé no planeta em processo acelerado de exaustão.Sem contar as toneladas de papel gasto, quando poderia ser utilizada comunicação virtual amiga do ambiente, do combustível gasto nos aviões para levar as centenas de delegados a passear em Copacabana e na floresta da Tijuca, ou nas gongóricas conclusões que terão o mesmo destino do Protocolo de Quioto (lembram-se?) desta cimeira pouco se pode esperar, e disso são testemunho as ausências dos dirigentes mundiais mais poluidores, fugindo de serem apanhados em compromissos politicamente correctos mas economicamente incompatíveis com modelos de desenvolvimento estafados.É certo que se farão juras na economia verde, e criarão mais uns quantos fóruns e institutos. Tudo se prometerá para reduzir o CO2 e ajudar os países emergentes. Porém, apesar da maior consciência ambiental global, a perda de biodiversidade, a exaustão dos recursos e a desflorestação e redução de zonas húmidas continuarão, de cimeira em cimeira, num planeta cada vez menos azul.

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