Passam
no dia 10 de Setembro 54 anos da morte do Prof. Joaquim Fontes, antigo
presidente da Câmara de Sintra e o único que morreu no cargo, em 1960.
Joaquim
Fontes (1892-1960) foi professor da Faculdade de Medicina, arqueólogo, e também
vereador e presidente da Câmara de Sintra (1958-1960), secretário-geral,
conservador do museu de Odrinhas, sócio honorário e presidente da Associação de
Arqueólogos Portugueses durante dezassete anos seguidos. Docente de Fisiologia
e Obstetrícia, desde 1911 que o professor Joaquim Fontes começou a chamar a
atenção dos arqueólogos, não só nacionais como estrangeiros, para os trabalhos
a que se dedicava. O seu ramo predilecto era a Pré-História, e nesta o Paleolítico
Superior mereceu as suas preferências. Levou os resultados das suas
investigações a congressos internacionais (França, Suíça, Espanha) e o seu
campo de pesquisa não se limitou ao nosso país, pois tomou parte em escavações
em França e em Espanha.
Em
Sintra organizou Jornadas Arqueológicas com muito sucesso; nelas não só tomaram
parte cientistas portugueses como também estrangeiros. Foi por sua iniciativa
que se criou o Museu de Odrinhas, na sua versão inicial, numa altura em que
reunir uma série de objectos arqueológicos no local ou proximidades do lugar
onde tiveram expressão ainda não estava bem arreigada no país. Assim, no Museu
de Odrinhas encontram-se também objectos que foram encontrados nas ruínas de
São Romão, em Lourel, e que foram deslocados para lá, como um túmulo cupiforme
romano (retirado das ruínas da capela) e uma ara romana (encontrada no altar).
Algumas das poucas notas históricas e etnográficas escritas sobre a freguesia
de Algueirão Mem Martins foram escritas pelo Prof. Joaquim Fontes. No seu livro
'Mem Martins, Notas Históricas e Etnográficas' ele descreve as Festas da Nossa
Senhora da Natividade, os saloios, a história de Mem Martins e a sua
agricultura nos séculos XVIII a XX.
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