Paulatinamente, o caminho do securitarismo vai fazendo o seu percurso, com François Hollande a fazer lembrar George W. Bush e o seu Patriot Act após o 11 de Setembro. E assim, Schengen vai caminhando para o estertor, os refugiados passam a terroristas à espera de uma oportunidade e trata-se ao nível de fronteiras o que devia ser resolvido na periferia de Paris.
O cinismo reinante vai ao ponto de, sem discussão nem debate nos parlamentos nacionais, se concordar com o accioname...nto de uma cláusula do Tratado de Lisboa sobre defesa- numa União que até agora não tem política de defesa que se veja- e o primeiro ministro francês, Manuel Vals, anunciar olimpicamente que a França não cumprirá o Pacto de Estabilidade mantendo o défice abaixo de 3%, pois tem de se preparar para a guerra contra o Daesh e fazer despesas com armamento e pessoal.
Tudo isto dá que pensar, até porque está a ser decidido a quente, e qual reflexo de Pavlov, disparando-se em todos os sentidos quando o alvo está logo ali ao lado. Então com os gregos e os portugueses e as suas hordas de emigrados e desempregados, vítimas dos tratados inexpugnáveis não podia haver contemplações com o défice, mas para armar a França e lançá-la nas areias da Síria já se podem alterar as regras em 24 horas, sem debate ou votação? Então se um país como Portugal invocar o artº 42º do Tratado de Lisboa e declarar guerra a um terceiro Estado, pode ficar aliviado das obrigações que tanto infernizam a vida dos contribuintes e dos cidadãos em geral?
É bonito cantar a Marselhesa, depositar flores e iluminar os monumentos com as cores da pátria gaulesa, mas não esqueçamos que um dos lemas dessa pátria, farol das liberdades, foi precisamente o da Igualdade, e que no caso concreto assim actuando demonstra a EU tudo menos Fraternidade, pelo menos para com os mais pequenos. Será só em nome da Liberdade?
O cinismo reinante vai ao ponto de, sem discussão nem debate nos parlamentos nacionais, se concordar com o accioname...nto de uma cláusula do Tratado de Lisboa sobre defesa- numa União que até agora não tem política de defesa que se veja- e o primeiro ministro francês, Manuel Vals, anunciar olimpicamente que a França não cumprirá o Pacto de Estabilidade mantendo o défice abaixo de 3%, pois tem de se preparar para a guerra contra o Daesh e fazer despesas com armamento e pessoal.
Tudo isto dá que pensar, até porque está a ser decidido a quente, e qual reflexo de Pavlov, disparando-se em todos os sentidos quando o alvo está logo ali ao lado. Então com os gregos e os portugueses e as suas hordas de emigrados e desempregados, vítimas dos tratados inexpugnáveis não podia haver contemplações com o défice, mas para armar a França e lançá-la nas areias da Síria já se podem alterar as regras em 24 horas, sem debate ou votação? Então se um país como Portugal invocar o artº 42º do Tratado de Lisboa e declarar guerra a um terceiro Estado, pode ficar aliviado das obrigações que tanto infernizam a vida dos contribuintes e dos cidadãos em geral?
É bonito cantar a Marselhesa, depositar flores e iluminar os monumentos com as cores da pátria gaulesa, mas não esqueçamos que um dos lemas dessa pátria, farol das liberdades, foi precisamente o da Igualdade, e que no caso concreto assim actuando demonstra a EU tudo menos Fraternidade, pelo menos para com os mais pequenos. Será só em nome da Liberdade?
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