A poucos dias das eleições americanas (não obstante alguns eleitores há já algum tempo venham a exercer o direito de voto, de acordo com as diversas leis estaduais) parece claro que aos defensores duma política para as pessoas, e pelo crescimento sustentável, só a reeleição de Barack Obama poderá trazer alguma esperança, atento o discurso mobilizador e o projecto levado a cabo, sobretudo por quem iniciou o primeiro mandato herdando a crise financeira de 2008.
Obama propôs a revolucionária reforma do serviço nacional de saúde, pôs fim à guerra do Iraque, marcou um prazo para a retirada do Afeganistão, travou os falcões de Israel, e, se mais não fez, tal é resultado do bloqueio levado a cabo pela maioria republicana no Congresso, a partir de meio do mandato, impondo delicadas negociações com a oposição. Obama, porém, distendeu as relações internacionais, fez da América um parceiro, e não um patrão, e não propala o discurso belicista que Romney traz latente, ameaçando com novas aventuras no Irão ou na Síria, ou propondo baixar impostos para os mais abastados, na velha concepção de que dando dinheiro aos ricos, ele cairá como gotas de chuva igualmente em cima dos pobres.
Como europeu e português, atentas as especificidades do sistema americano, e não obstante ser certo inexistirem actualmente líderes providenciais, a reeleição de Obama garante no actual quadro internacional a manutenção duma política de defesa da paz, e de estímulo, como garante e propulsor do crescimento económico, coisa que deste lado do Atlântico tem poucos seguidores, atenta a pressão do novo Reich de Berlim. A ver vamos no dia 6.
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