Foi um painel multifacetado e intergeracional aquele que no dia 16 de Novembro, quando se cumprem 25 anos da fundação do Chão de Oliva, homenageou o seu fundador e alma propulsora, João de Mello Alvim.
Atribuída que foi pela autarquia a medalha de mérito municipal, grau ouro, foi tempo para a sua entrega numa sentida cerimónia na Casa de Teatro de Sintra, sessão durante a qual usaram da palavra a actriz Carla Dias, que
resumiu de forma literária o percurso de Alvim desde que um dia saiu do Porto e
se lançou no ensino e no jornalismo, revelando uma simbólica participação no
25 de Abril, quando, militar no activo, teve à guarda o director da PIDE, Silva Pais; Maria Almira Medina, que partilhou cumplicidades de um percurso
estimulante e nem sempre consensual, e o presidente da Câmara Municipal,
Fernando Seara, que, entre alguma picardia em torno da simpatia "azul" do
homenageado, futebolisticamente falando, exaltou as suas qualidades humanas.
Na resposta, "em três parágrafos", Alvim percorreu memórias e afectos, lembrou colegas e alunos, e assumiu-se como "professor", qualidade primeira que prezou numa vida dedicada ao ensino, teatro e cidadania activa.
Presentes amigos, cúmplices de muitos anos e representantes de forças políticas de vários quadrantes, a demonstrar o quanto a sua obra ultrapassou resistências e se constitui como exemplo para as novas gerações. Sem ser unânime, assumiu ao longo dos anos o poder dos sem poder, sem cedências ou submissões, discreto militante de causas, não tendo deixado passar a oportunidade para relançar o desafio da ampliação da acanhada Casa de Teatro, que aguarda por melhores dias, e a promessa da insubmissão a poderes fácticos ou clientelas transitórias. Um exemplo a aplaudir, na escassa galeria do universo sintrense.
Presentes amigos, cúmplices de muitos anos e representantes de forças políticas de vários quadrantes, a demonstrar o quanto a sua obra ultrapassou resistências e se constitui como exemplo para as novas gerações. Sem ser unânime, assumiu ao longo dos anos o poder dos sem poder, sem cedências ou submissões, discreto militante de causas, não tendo deixado passar a oportunidade para relançar o desafio da ampliação da acanhada Casa de Teatro, que aguarda por melhores dias, e a promessa da insubmissão a poderes fácticos ou clientelas transitórias. Um exemplo a aplaudir, na escassa galeria do universo sintrense.
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