Um dos aspectos que mais deve ser
realçado na sequência do incêndio que anteontem deflagrou na Serra de Sintra é
o de que, sendo esta Património Mundial na categoria Paisagem Cultural, ninguém
mais que os Bombeiros deve estar na linha da frente dos organismos chamados a trabalhar
e opinar na sua preservação e protecção, e não só como homens do terreno,
sacrificando a vida e os tempos livres em prol da comunidade e também da serra,
da qual são guardiães abnegados.
Uma palavra de louvor é devida às
corporações de bombeiros da zona do Parque Natural, pois diariamente e sempre
com a serra em fundo patrulham, acorrem e defendem este nosso património felizmente
reconhecido.
É preciso salientar o trabalho
que ao longo do tempo tem sido feito em preparação, eficácia, planeamento e profissionalismo
para que um fogo como o de anteontem não tivesse as proporções de outros mais devastadores, e com mortos a lamentar.
É por isso que em tempos de austeridade, se há sector onde não se podem fazer cortes cegos em nome do combate à dívida é no dos bombeiros e no socorro a pessoas e bens. E espaço há para com imaginação não só não cortar, como inclusive reforçar as verbas e os apoios tão necessários. Porque não a criação de uma taxa municipal de protecção civil, a incluir na taxa pela emissão da licença de construção, uma vez que construída uma edificação deve a sua segurança contra incêndios ficar assegurada, a reverter para o apoio às corporações concelhias? Ou uma rubrica específica para os bombeiros nos orçamentos das autarquias, sem ser no dos subsídios esporádicos? E porque não a centralização a nível regional do parque de viaturas e meios de socorro para optimização de recursos e racionalização no socorro, em função das zonas mais populosas ou de maior sensibilidade a ocorrências? E um novo Estatuto do Bombeiro, que faça dele um verdadeiro profissional da segurança, com a recompensa social e material que lhes é inteiramente devida e ainda não suficientemente reconhecida?
A serra sossegou, e a mancha branca devastadora extinguiu-se, para já os soldados da paz voltaram a quartéis, uma vez mais o seu dever foi cumprido. O dos decisores, e a sua dívida para com os soldados de Sintra, ainda não, permanecendo em alerta vermelho.
É por isso que em tempos de austeridade, se há sector onde não se podem fazer cortes cegos em nome do combate à dívida é no dos bombeiros e no socorro a pessoas e bens. E espaço há para com imaginação não só não cortar, como inclusive reforçar as verbas e os apoios tão necessários. Porque não a criação de uma taxa municipal de protecção civil, a incluir na taxa pela emissão da licença de construção, uma vez que construída uma edificação deve a sua segurança contra incêndios ficar assegurada, a reverter para o apoio às corporações concelhias? Ou uma rubrica específica para os bombeiros nos orçamentos das autarquias, sem ser no dos subsídios esporádicos? E porque não a centralização a nível regional do parque de viaturas e meios de socorro para optimização de recursos e racionalização no socorro, em função das zonas mais populosas ou de maior sensibilidade a ocorrências? E um novo Estatuto do Bombeiro, que faça dele um verdadeiro profissional da segurança, com a recompensa social e material que lhes é inteiramente devida e ainda não suficientemente reconhecida?
A serra sossegou, e a mancha branca devastadora extinguiu-se, para já os soldados da paz voltaram a quartéis, uma vez mais o seu dever foi cumprido. O dos decisores, e a sua dívida para com os soldados de Sintra, ainda não, permanecendo em alerta vermelho.
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