Como era previsível, a Cultura passa a Secretaria de Estado, sendo titular, ao que parece, Francisco José Viegas. Homem do Verbo, refém anunciado da falta de Verba, caber-lhe-á a função simpática de dizer que não com um sorriso, ou quiçá um poema de Pessoa ou um trecho de Mallarmé. Como em governos anteriores, e até lá fora (veja-se Gilberto Gil, no Brasil) estas pastas têm, apenas uma função de cosmética, dando a ideia de abertura ao mundo da Cultura, porém, que me recorde, nenhum dos ocupantes anteriores (e já tivemos David Mourão Ferreira ou Hélder Macedo) acrescentou prestígio passando pelo malfadado gabinete na Ajuda. Boa sorte, contudo, perde-se um razoável escritor e crítico, nasce um burocrata com a tarefa de dizer não, se possível no Martinho da Arcada.
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