2011 é o Ano Internacional da Floresta, e aproximando-se a época de incêndios( agora também se criou a infausta saison de fogos assassinos) algumas preocupações, antes de os noticiários começarem a abrir com as tradicionais notícias dos fogos, os remoques pela falta de limpeza das matas e as lágrimas de crocodilo sobre o sangue derramado.
2003 e 2005 foram anos anormais, depois de algum trabalho feito nas estruturas nos anos seguintes, fala-se na extinção da Direcção Nacional para a Defesa da Floresta, e alguns técnicos conceituados, como Francisco Castro Rego e António Salgueiro temem mesmo por retrocessos depois de com o projecto europeu Fire Paradox se terem definido algumas orientações estratégicas desde 2006.
Segundo estes autores, é de temer o pior com o cancelamento do projecto do Grupo de Especialistas de Fogo Controlado (GeFoCo) que desde 2007 terão contribuído para conter mais de 50 fogos florestais, a tentativa de acabar com o Grupo de Análise e Uso do Fogo (GAUF) estrutura dedicada à prevenção e combate aos incêndios florestais, que nos últimos cinco anos combateram mais de 300 grandes incêndios, e a tentativa de suspender a regulamentação sobre o uso de fogo técnico. Igualmente ao pretender-se parar o processo de enquadramento e facilitação da realização de queimadas para a pastorícia em épocas de baixo risco de incêndio e ao não se prosseguir o investimento em conhecimento, estratégia e antecipação, transferindo 2 milhões de euros do Fundo Florestal Permanente para a contratação de meios aéreos para o combate estarão em estudo soluções que podem não ser as mais adequadas ao caso português.
Como estamos de Plano Nacional de Uso do Fogo? Quantos meios estão ao dispor? Qual a estratégia de longo prazo? O Verão está aí, e com ele as brutais imagens do fogo destruindo floresta, ecossistemas e a economia.Com troika ou sem troika, assuntos suficientes para incendiar responsabilidades e alimentar telejornais quando o país estiver a banhos e o futebol no defeso.A ver vamos...
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