Foi destruído por incúria e desconhecimento o monumento megalítico do Pego Longo, localizado na pedreira de Santa Luzia, nesse bairro, e classificado como de interesse público desde 1990.Identificado e escavado no último quartel do século XIX, o monumento megalítico do Pego Longo erguia-se a menos de um quilómetro da anta de Monte Abraão, no topo dum maciço localizado entre os vales das ribeiras de Castanheira e de Carenque. Investigado nos anos cinquenta por Octávio da Veiga Ferreira e Vera Leisner, e, já nos inícios de oitenta, por Eduardo da Cunha Serrão, foi escavado na rocha configurando uma câmara funerária rectangular, restando hoje apenas alguns elementos originais das paredes e do tecto, conquanto algumas fossem removidas na década de noventa pelo proprietário do terreno. Os investigadores integraram-no no grupo de sepulcros destinados à inumação colectiva, frequente durante o neolítico final e o calcolítico (entre c. de 2700/2500 e c. de 2300 a.C.) Alguns artefactos recolhidos no local durante intervenções arqueológicas, nomeadamente lascas de sílex, encontravam-se já depositados no Museu dos antigos Serviços Geológicos de Portugal.
Com mais este atentado, resultante da falta de tratamento museológico e informação no local, mais depauperado fica o património arqueológico de Sintra, cuja listagem reproduzimos de anterior post neste blogue:
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