Depois
do 25 de Abril, só a 14 de Junho, toma posse uma Comissão Administrativa,
composta por José Alfredo Costa Azevedo (presidente) José Joaquim de Jesus
Ferreira, Aristides Campos Fragoso, Lino Paulo, Jorge Pinheiro Xavier, Cortêz
Pinto, Álvaro de Carvalho, Manuel Monteiro Vasco, Carlos Quintela, António
Manuel Cavalheiro, Manuel Maximiano e Mário Barreira Alves.
É
um período conturbado e de mudanças. Em Maio de 1975, procede-se à inumação das
cinzas de Ferreira de Castro na serra de Sintra e em Junho desse ano à
inauguração a estátua de D. Fernando II no Ramalhão, tributos pelos quais se
bateu José Alfredo Costa Azevedo. José Alfredo abandona a Comissão
Administrativa em Fevereiro de 1976, agastado, ficando no seu lugar até às
primeiras eleições autárquicas, em Dezembro desse ano Cortêz Pinto.
Inicia-se
então o período democrático regular, com vereações eleitas por 3 anos, e a
partir de 1985, para mandatos de quatro, num total de 11 vereadores
(presidente+10).
A12
de Dezembro de 1976, o tenente-coronel Júlio Baptista dos Santos foi eleito primeiro presidente da Câmara depois
do 25 de Abril, e Maria Barroso presidente da Assembleia Municipal(depois
substituída por José Valério Vicente). PS-33285 (39,64%) 6; FEPU-20911 (24,90%)
3; PPD/PSD-11093(13,21%) 1; CDS-9164 (10,91%) 1; GDUP’s- 4422
(5,27%)0;MRPP-1266 (1,51%) 0; PCP (ML)- 890(1,06%)0
O
PS elege 6 vereadores (Júlio Baptista dos Santos, Rui Fonseca, Sérgio Melo,
Alcides Matos, Oliveira Barbosa e Valério Chiolas) a FEPU 3(Lino Paulo, Cortêz
Pinto e Mário Alves) o PPD 1(Eduardo Lacerda Tavares) e o CDS 1(Fernandes
Figueira).
Nesse
período é inaugurada em Mem Martins a cooperativa de ensino A Papoila e o
miradouro de Santa Eufémia. Em Setembro de 1977, o Museu Anjos Teixeira. Em
1978, a Academia da Força Aérea na Granja do Marquês.
Em
Dezembro de 1979, o despachante alfandegário José Lopes é eleito presidente da
CMS pela AD. Nesse início da década de oitenta, Sintra assiste a um crescimento
ainda moderado do urbanismo e das zonas urbanas, a par das preocupações com a
protecção da serra e o litoral. Politicamente a década é marcada por gestões
autárquicas da Aliança Democrática com forte presença da Aliança Povo Unido na
gestão da CMS.
AD- 42403 (40,16%) 5; APU-31930 (30,24%) 3; PS-25597
(24,24%) 3; UDP-2974 (2,82%) 0;PCTP/MRPP-718 (0,68%) 0.
Na
Câmara presidida por José Lopes são vereadores Lino Paulo, Júlio Baptista dos
Santos, Germano Coutinho, Jaime da Mata, Machado de Souza, Mário Alves, Teves
Borges, Jaime Alcobia, Frederico Estêvão e José Valério Vicente. Jaime
Figueiredo Gonçalves é presidente da Assembleia Municipal. Por esses dias é
inaugurada a sede da Associação de Comerciantes de Sintra, na Estefânea, e o
polémico Hotel Tivoli, na Vila. Também criada a Área de Paisagem Protegida de
Sintra-Cascais e inaugurados a escola primária da Várzea de Sintra, o Museu
Ferreira de Castro e a Repartição de Finanças do Cacém, entre outros
melhoramentos.
Em
Dezembro de 1982, é a vez de Fernando Tavares de Carvalho da AD vencer as
eleições autárquicas com 37379 votos, ficando a APU a 1500 votos com 35997.
Foram vereadores Lino Paulo, Raúl Curcialeiro, Salvador Correia de Sá, Jaime da
Mata, Correia de Andrade, Hermínio dos Santos, Vera Dantas, Fernando Costa,
Megre Pires e Felício Loureiro. Joaquim
Bento Sabino preside à Assembleia Municipal.
Tavares
de Carvalho cumpre dois mandatos, até Dezembro de 1989, período no qual renasce
o Instituto de Sintra, com António Pereira Forjaz como presidente e Francisco
Costa presidente da Assembleia Geral, abre a estação dos correios da Portela de
Sintra e ocorrem as calamitosas cheias de 1983. A Câmara aprova a primeira fase
das urbanizações do Grajal e de Fitares, com projecto inicial de 2000 fogos e é
lançada a primeira pedra do Hóquei Clube de Sintra em Monte Santos, inauguradas
escolas primárias na Portela de Sintra, Magoito e Lourel. A vida cultural tem algum
realce, na década, com o aparecimento do grupo de teatro CIDRA, o I Encontro de
Poetas Populares do Concelho de Sintra ou o Congresso Internacional do
Romantismo.
AD-37379 (32,96%) 4; APU-35997 (31,74%) 4; PS-34776
(30,66%) 3;UDP-1233 (1,09%) 0; PCTP/MRPP-611 (0,54%) 0.
Em
Dezembro de 1985 a AD (PSD/CDS) volta a ganhar as eleições autárquicas, com
32185 votos, sendo Fernando Tavares de Carvalho reconduzido, a APU de Lino
Paulo fica a cerca de 700 votos com 31475.
PPD/PSD-32185
(32,27%) 4; APU-31475 (31,56%) 4; PS-21392 (21,45%) 2; PRD-12542 (12,57%) 1;
UDP-1103 (1,11%) 0; PCTP/MRPP-454 (0,46%) 0.
O
brigadeiro Machado de Souza é eleito presidente da Assembleia Municipal de
Sintra. A Rádio Ocidente inicia emissões, é criado o GRAUS com vista à recuperação
do centro histórico de Sintra, nasce a CHESMAS -Cooperativa de Habitação
Económica, e o teatro Chão de Oliva,
impulsionado por João Melo Alvim e Maria João Fontaínhas. Decorrem as I
Jornadas de Teatro de Sintra, participando grupos como Os Filhos do Povo, de
Montelavar, o Teatro da Sociedade, de Sintra, Masgiruz, de Queluz e outros, e
nasce a Orquestra Regional de Colares, sob inspiração de David Tomás e Fernando
Moreira.
Em
1988 Algueirão-Mem Martins é elevada a vila e é criado o Instituto D. Fernando
II. A Assembleia da República aprova a criação da freguesia de Pêro Pinheiro e
Sintra gemina-se com a cidade marroquina de El Jadida (antiga Mazagão), abre a
Escola Profissional de Recuperação do Património.
Chega
Dezembro de 1989 e o industrial e comendador João Francisco Justino é eleito
presidente da Câmara como independente pela lista PSD/CDS, com 33% dos votos. A
CDU tem 30% e o PS 28%.
PPD/PSD-CDS-PPM-31546
(33,07%) 4; PCP/PEV-28686 (30,07%) 4; PS-26870 (28,17%) 3; PRD-1912 (2,00%) 0;
PCTP/MRPP-1211 (1,27%) 0; PPM-793 (0,83%)0; MDP/CDE-459(0,48%) 0;FER-143(0,15%)
0.
Da
nova Câmara fazem parte Rui Silva, Ferreira dos Anjos, João Carlos Cifuentes,
Lino Paulo, Jaime da Mata, Felício Loureiro, Vera Dantas, Correia de Andrade,
Álvaro de Carvalho e Pinto Simões. Rómulo Ribeiro é presidente da Assembleia
Municipal. Decorre a I Trienal de Arquitectura de Sintra, inaugura-se o novo
relvado do Sintrense, mas ao longo do ano de 1990 degrada-se a relação entre o
presidente Justino e o vereador do CDS Ferreira dos Anjos, originando
sindicâncias à Câmara de Sintra, até que em Outubro desse ano o PSD lhe retira
o apoio político. Abre o mercado de Mem Martins e surge a cooperativa cultural
Veredas. Depois dum período conturbado João Justino perde o mandato no Tribunal
Administrativo, sendo substituído em 1992 pelo vice-presidente Rui Silva, do
PSD, que completa o mandato, no meio de alguma turbulência política.
De
1994 e até 2001 (2 mandatos) ocupa a presidência a socialista Edite Estrela,
num período em que Sintra sobe a Património Mundial da Humanidade, se conclui o
IC-19, abrem o Centro Cultural Olga de Cadaval e o Museu de Arte Moderna, a
Câmara adquire a Quinta da Regaleira e é criado o Parque Natural de
Sintra-Cascais. Sintra tem agora 20 freguesias e roça os 400.000 habitantes.
São
vereadores nesse período Álvaro de Carvalho, Herculano Pombo, Pinto Simões,
Lino Paulo, Estrela Ribeiro, Viegas Palma, Fausto Caiado, Matos Manso, Paula
Alves, Rui Pereira, Baptista Alves entre outros. Fernando Reino e Jorge Trigo
presidem à Assembleia Municipal.
Resultados
de 1993: PS:43959(34,63%) 4; PCP/PEV-36592(28,83%) 4; PPD/PSD-34298 (27,02%) 3;
CDS-PP-4668 (3,68%) 0; MPT-1463 (1,15%) 0; PSN-989 (0,78%) 0; PCTP/MRPP-709
(0,56%) 0
Resultados
de 1997-PS-60166 (48,59%) 6; PCP/PEV-28682 (23,16%) 3; PPD/PSD-23247 (18,77%)
2;CDS-PP-3820 (3,09%) 0; PCTP/MRPP-1620 (1,31%)0; PSR-677(0,55%) 0; UDP-639
(0,52%) 0
Em
Janeiro de 2002 o social-democrata Fernando Seara vence as eleições, ocupando o
lugar por três vezes, com mandato até
2013.São vereadores neste período Marco Almeida, Luís Patrício, Lino
Ramos, Ana Duarte, Paula Simões, Cardoso Martins,Luís Duque, Baptista Alves, Guadalupe Simões,
João Soares, Ana Gomes, Rui Pereira, Domingos Quintas, Eduardo Quinta-Nova e
Ana Queirós do Vale. Ribeiro e Castro e Ângelo Correia são presidentes da
Assembleia Municipal. Neste período assistiu-se à transferência para a câmara
de muitas competências na área da educação, sendo a prioridade orçamental a
acção social, numa altura em que Sintra se encontra a à beira de destronar
Lisboa como primeiro concelho do país, um dos mais jovens e multiculturais.
Sintra adere à Aliança das Paisagens Culturais e surge a Parques de
Sintra-Monte da Lua como gestora da área do património mundial, inaugurou-se o
Centro de Ciência Viva, a Casa Mantero e o novo Tribunal, o Museu de História
Natural e a Casa de Cultura de Mira Sintra.
Resultados
de 2001-PPD/PSD.CDS-PP-49126 (39,32%) 5; PS-45470 (36,39%) 4; PCP-PEV-19698
(15,76%) 2; B.E-3362 (2,69%) 0; PCTP/MRPP-1406 (1,13%) 0;MPT-1021 (0,82%) 0
Resultados
de 2005-PPD/PSD.CDS-PP.PPM.MPT-59307(43,50%) 6; PS-42195 (30,95%) 4;
PCP-PEV-16858 (12,36%) 1; B.E-8909 (6,53%) 0; PCTP/MRPP-1405(1,03%) 0; PH-707
(0,52%) 0
Resultados
de 2009-PPD/PSD.CDS-PP.PPM.MPT-62368 (45,29%) 6; PS-46472 (33,75%)4;
PCP-PEV-15388 (11,18%) 1; B.E-8168 (5,93%) 0; PCTP/MRPP-1356(0,98%).
Desde
23 de Outubro de 2013 ocupa o lugar o independente Basílio Horta, eleito na
lista do Partido Socialista. São vereadores neste mandato: Rui Pereira, Piedade
Mendes e Eduardo Quinta Nova (PS) Marco Almeida, Paulo Veríssimo, Paula Simões
e José Matias da Silva (Sintrenses com Marco Almeida) Luís Patrício e Paula Neves
(PSD) e Pedro Ventura (CDU). Domingos Linhares Quintas preside à Assembleia
Municipal. Basílio Horta teve 26,83% dos votos (4 mandatos) Marco Almeida
(Independente), candidato preterido pelo PSD, conseguiu reunir 25,42% dos votos
(4 mandatos), enquanto a coligação PSD-CDS/PP-MPT de Pedro Pinto, obteve o pior
resultado de sempre, com 13,79% dos votos (2 mandatos) e Pedro Ventura (CDU)
somou 12,50% dos votos (1 mandato). Sem mandatos ficaram os candidatos, Luís
Fazenda (BE) e 4,52% dos votos, seguido de Barbosa de Oliveira (Independente)
com 2,23% e António Laires (PCTP-MRPP) com 2,03%. Nuno Azevedo (PAN) somou
1,93% dos votos, enquanto Nuno da Câmara Pereira (PND) obteve 1,03% e José
Lucena Pinto (PNR) obteve 0,61%.
Muito obrigado meu caro Rei de Klingsor !
ResponderEliminarD'uma penada elimina-me de Presidente da Assembleia Municipal de Sintra, de Vereador etc e tal
Relacionado com essa raspadela da história ( é assim que muitas vezes acontece...) , omite a Biblioteca Municipal de Sintra e a Biblioteca Rui Belo, a Exposição Anual de Arte Pública (na Volta do Duche) que perdura ainda hoje! ) etc etc
" Foi por bem " ...Foi por bem " ...
Um abraço amigo do J Cardoso Martins
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