Discordando na maior parte das vezes de João Miguel Tavares, não posso deixar de acompanhar a reflexão que hoje faz no PÚBLICO sobre a eficácia da forma como a deputada do Livre poderá levar avante o seu mandato.
Um parlamentar é eleito para (supostamente) fazer passar mensagens, marcar posições, e divulgar agendas, objectivos que com Joacine Katar Moreira, na medida em que é deputada única do seu partido, se perdem na sua complexa e arrastada oralidade, que leva a que quando acaba uma frase ninguém se lembra de como começou. Invocar que quem contesta esta realidade é racista e despreza os direitos de quem sofre de deficiências (neste caso chamar.lhe-ia disfuncionalidades) é menorizar o problema, que, quanto a mim, só prejudica o próprio Livre.
Não sendo eleitor desse partido, respeito a riqueza para o debate de ideias que o mesmo trouxe, pela voz e mão sobretudo de Rui Tavares, mas, receio muito que de futuro o debate em torno dos pró ou contra Joacine virão a relegar para segundo plano as ideias do próprio Livre. Pode ser que com a continuação a vertente nervosa provocada pelos microfones e pelos holofotes diminua.
Sem comentários:
Enviar um comentário