O setor da Cultura em Portugal atravessa nova crise, a juntar à já tradicional falta de Verba para alimentar o Verbo, como diria a saudosa Natália Correia.
Informal, cooperativo ou empresarial, na maior parte composto por freelancers ou independentes a recibos verdes, os agentes culturais são dos profissionais mais afetados, apesar da prova de vida que diária e denodadamente vão fazendo nas redes sociais, onde a palavra de ordem é resistir para sobreviver.
Neste momento, a Alemanha destinou já 50 mil milhões de euros para apoio a freelancers e empresas até 10 trabalhadores (culturais incluídas), a França 22 milhões, sendo 10 para a área da música, 5 para os espetáculos ao vivo, 5 para o setor livreiro e 2 para a área das artes plásticas. Já a Espanha destinou 20 milhões (tidos como insuficientes), a Itália 130, a Inglaterra 260, sendo pago 80% do rendimento médio dos últimos 3 meses, num teto de 2500 libras). Entre nós, a 23 de Março foi anunciada uma linha de emergência de 1 milhão de euros, mais a garantia de manutenção dos espetáculos já contratados, valor insuficiente e de acesso burocratizado. Há que fazer mais e melhor. Nós não podemos perder a fome pela Cultura, mas os seus criativos e os artistas também não podem morrer de fome.
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