sexta-feira, 26 de junho de 2020

Os nossos amigos "bifes"

  
Estes ingleses ditos nossos mais velhos aliados nem sempre o foram. E se ajudaram em Aljubarrota também foram ajudados quando, estando Carlos II na penúria foi o casamento com Catarina de Bragança quem lhes levou o dinheiro, as possessões e até o chá que hoje bebem.

Já durante as invasões francesas, foi por causa deles que Napoleão mandou invadir Portugal, por sermos fieis à velha aliança e recusado o Bloqueio Continental, tendo eles, depois de nos "ajudar"  feito do país um protetorado até 1822, e mandado entretanto enforcar Gomes Freire de Andrade. Como ponto alto da "amizade", o famoso Ultimato com que nos humilharam após o Mapa Cor de Rosa, bem retratado na letra do nosso Hino, cuja primeira versão, indignada, era "contra os bretões, marchar, marchar."

Sejamos claros: após o desconfinamento, os países mais afetados esconderam os mortos e os infetados, e só Portugal, ingénuo, não se apercebeu de que era "the economy, stupid!". Por um lado, seriam de dispensar as hordas de proletários ingleses bêbados, de peúga branca e sandálias, que anualmente fazem do Algarve o seu quintal de férias. Por outro, não há que fugir ao facto de a british pound pesar muito na economia local, culpa de nos termos tornado um país de serviços cujo maior ativo é o sol. Venham aos menos os irlandeses e os escoceses, que também bebem muito, mas ao menos sabem cantar.


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