Com 2013 a despedir-se, um breve relance pelo ano que agora parte, ano de narrativas, irrevogabilidades, swaps e cagarras, numa lógica depressiva, entre o abismo e a pantomina. De A a Z.
Austeridade- Marcou o ano, apesar de todos reconhecerem não ser a solução, mas ninguém dar o primeiro passo para mudar a política. Em 2014 há mais, e estatísticas a dizer que correu bem o “ajustamento”, e terminou o “protectorado”.
Bruno de Carvalho- Meteu as garras de fora e prometeu fazer o leão rugir de novo. A campanha de Inverno está ganha.
Cristiano Ronaldo- Com Blatter ou sem ele, continua a ser o melhor do mundo. Os suecos que o digam, e os espanhóis também.
Dilma Rousseff- Saciada a fome, o povão tornou-se exigente. Os estádios de futebol podem prenunciar outro estádio de exigência no crescimento brasileiro.Ganhem a Copa ou não.
Edward Snowden- Vícios privados, públicas virtudes. A guerra volta a servir-se fria, num mundo onde todos espreitam pela fechadura.
FMI- Ainda mora aqui. O Diabo veste Prada.
Governo- Associação de malfeitores grandolizados a acompanhar o relógio de Paulo Portas. Será chinesa a pilha?
Hugo Chavéz- Partiu o golpista, voltou como passarinho nos ombros de Maduro( O Nicolás, não o Poiares…). São Che Guevara nos acuda!
Irrevogável- Nova palavra no dicionário, sinónimo de birra de crianças irrequietas
Jorge Jesus- Haverem de ver, em 2014 é que é…
Krugman- Mas porque é que ninguém escuta o homem?
Lou Reed- Partido o poeta do rock, ficou o som duma geração.
Merkel- A austeridade como punição.
Nelson Mandela- Partiu o Elefante, ficou a mensagem. Viva Madiba!
Papa Francisco- Contra a geografia da fome e os vendilhões do templo,
Ramos Rosa- Não posso adiar o coração para outro século.
Selfie- O voyeurismo encontra o narcisismo em milhões de pixels, e o mundo pula e avança, na partilha.
Tribunal Constitucional- Conselho de confiança, misturada com proporcionalidade. Darth Vader espreita, porém…
Urbano Tavares Rodrigues- As letras ficaram órfãs e as causas perderam um militante. Com Ramos Rosa, Mandela ou Lou Reed, é o século XX que parte.
Vitor Gaspar- Merlin voltou a casa, chumbado como feiticeiro. Atenção à bruxa swap!
Xi Jinping- Na China vão nascer mais crianças e o mundo inclina-se para o Pacífico. The Yellow Submarine.
Sentido adeus também aos que povoaram imaginários, fizeram rir ou chorar e duma forma ou de outra tornaram o mundo melhor: Joan Fontaine, Peter O’Toole, Nadir Afonso, Doris Lessing, Luna Andermatt, Óscar Lopes, Manuel Vicente, Mário Murteira, Eduardo Néry, Lucien Donnatt, Fernando Martins, João Rocha, António Rama, Bana, Georges Moustaki, entre outros.
Em 2014 teremos programa cautelar? Portugal brilhará no Brasil? O Sporting será de novo campeão? Findará o conflito na Síria? Venha 2014 e seja o que Deus quiser!
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