A guerra do euro está definitivamente centrada nos combates de luta greco-romana, onde ironicamente ambos os adversários perdem e apenas os árbitros (leia-se, os “mercados”) ganham. As soluções do BCE e do Directório franco-alemão (mais alemão que franco) parecem pautar-se pelo voluntarismo de ir tentando novas receitas e esperar para ver se dão certo, esgotadas que estão as soluções tradicionais.
A verdadeira cura passa por alimentar o doente e fazer-lhe fisioterapia, e não em sangrá-lo, ou amputar-lhe os membros. Não serão os governos “técnicos” que parece irem seguir-se em Atenas e Roma que podem resolver os problemas de fundo desses países, e que mais não serão que os agentes de Bruxelas para a austeridade que se advinha. É preciso voltar à política, com soluções de fundo e legitimadas, quer as que Bruxelas impõe e que ninguém votou, quer as dos países em crise e onde nem Bruxelas nem os governos nacionais olham para os cidadãos como eleitores mas tão só como contribuintes.
A verdadeira cura passa por alimentar o doente e fazer-lhe fisioterapia, e não em sangrá-lo, ou amputar-lhe os membros. Não serão os governos “técnicos” que parece irem seguir-se em Atenas e Roma que podem resolver os problemas de fundo desses países, e que mais não serão que os agentes de Bruxelas para a austeridade que se advinha. É preciso voltar à política, com soluções de fundo e legitimadas, quer as que Bruxelas impõe e que ninguém votou, quer as dos países em crise e onde nem Bruxelas nem os governos nacionais olham para os cidadãos como eleitores mas tão só como contribuintes.
Num livro que lançou recentemente, Bill Clinton aponta o caminho para o regresso ao crescimento: exportações, conversão do crédito malparado em alugueres de longa duração aos devedores, subida da taxa sobre dividendos de investimentos financeiros, redução da taxa dos lucros das empresas, créditos fiscais para as empresas que invistam na contratação de trabalhadores, subida da idade de reforma, investimento público em infraestruturas, entre outros. Porque não vai a Europa por aqui, permitindo a retoma? É simples: há bancos para acalmar na deriva agiota que se apossou dos “mercados” e suas pitonisas, as agências de rating, e contra isso não há (ainda) força nem vontade política para combater. A Europa segue dentro de momentos. Até quando?
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