Alguém escreveu, citando Edgar Morin, que as sociedades são comunidades de destino, e nunca como nestes momentos tal se revela dramaticamente verdade. Fechados nos nossos Eus, no hedonismo e na canibalização dos Outros por uma sociedade de ganância e vaidade, momentos há em que somos chamados a confrontar-nos com a fragilidade e transitoriedade da nossa existência. E este é um deles. O Nós chama pelos Eus recalcitrantes, e convoca para novos comportamentos e atitudes, de partilha e humildade. Como disse Confúcio "Se alguém tem uma laranja e troca com outra pessoa que também tem uma laranja, cada um fica com uma laranja. Mas se alguém tem uma ideia e troca com outra pessoa que também tem uma ideia, cada um fica com duas.”. É tempo de ouvir, e também de agir.Da crise e depois da catarse, nascerá um novo amanhã, fatalmente diferente, e o Homem, aflito, continuará a sua caminhada. Voltará a errar, mas a desbravar caminhos também, curará pandemias e doenças e voltará a fazer guerras e alimentar conflitos. Aflito, sempre, na busca desnorteada da Luz que o atrai e que a Caverna onde como rebanho/alcateia deambula desde sempre lhe acena, e repele, também.. Bom dia de mitigação.
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