Do rio que tudo arrasta dizem violento, mas ninguém diz
violentas as margens que o comprimem” Bertoldt Brecht
Hoje 11 de
Setembro, reflictamos sobre a violência. A de terroristas contra o poder
americano em Nova Iorque e Washington, há 16 anos. A de Pinochet contra o legítimo
governo de Allende há 44 anos, e outras, ao longo da História. Pensar a
violência é pensar a história da humanidade. A civilização foi fundada sobre
conflitos. Quando Caim mata Abel, inaugura a violência entre os homens. E
depois o dilúvio, Babel, as pragas do Egipto, mostrando que o próprio Deus dos
hebreus era um deus violento. E a mitologia grega, e os impérios, toda a
História é a história da violência e da dominação. Já Freud defendia a tese de
que a natureza do homem se estabelece através de duas classes de instintos que
visam a auto-preservação: o instinto sexual, ou de vida, também chamado de
Eros; e o instinto destrutivo, ou de morte, cognominado de Tanatos. O instinto
destrutivo será responsável pela violência, a partir do facto de que deve ser
desviado para fora de si mesmo, evitando desta forma a autodestruição. Neste
sentido, infere-se na teoria de Freud de que o homem será violento por
natureza, não só para se auto-preservar, como também para evitar a ameaça que o
outro representa para a sua vida. Tem-se assim o sentido de que a violência
será sempre uma resposta a outra violência. Assim é, e continuará a ser. Porque
o homem é e será sempre o lobo do outro homem. De Gengis Khan a Hitler, de Ivan
o Terrível a Estaline, de Donald Trump a Kim Jong-Un, há sempre um Irma descontrolado a devastar os
Homens no furacão da ganância, do poder e do supremacismo.
Sem comentários:
Enviar um comentário