Partiu António Faias, emérito jornalista e cronista de Sintra, portador da carteira profissional nº 6119. Durante muitos anos deu visibilidade a procissões, festas populares, jogos de futebol ou à vida das coletividades.
António Faias foi um "operário da escrita" e todos os que hoje, com mais dificuldades, lutam por uma comunicação social honesta e prestadora de serviço público e cívico em Sintra o viram como exemplo. É certo que os jornais on-line e as redes sociais permitem a propalação de uma catadupa de informação, muitas vezes não tratada ou contextualizada. Daí que cada vez mais o repórter solitário e independente, que em António Faias teve um dos derradeiros cavaleiros, deva ser cada vez valorizado, pela entrega, sem horário, e sem sono ( e no caso de Faias, sem carro, também...) à causa de informar aqueles que pontualmente às sextas-feiras esperavam pelo Jornal de Sintra, o do Medina e Zé Alfredo, para nas suas páginas ver estampados, com rigor e isenção, pela prosa do Faias, os relatos da vida sintrense, e, acima de tudo, o retrato da Sintra do povo, humilde e laborioso. Obrigado, António Faias!
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