Posto mais um ciclo no calendário, o tempo avançou, mas o mundo infelizmente não. Silvante, a guerra regressou vinda de leste, o planeta demonstrou desnorte, as pessoas mostram ser cada vez mais uns minúsculos seres manipulados pelos novos Big Brothers da tecnologia e da "informação". Na Caverna, o Homem vê a Luz, mas enreda-se trepando pelas paredes, aflito e desorientado.
Depois da pandemia, procurámos voltar, sabendo ser este um tempo novo, se bem que ainda não de um homem novo. Orgulhosamente celebrámos a preservação dos plátanos de Colares, cuja causa apadrinhámos. Fomos solidários com os nossos irmãos da Ucrânia e debatemos o que se move para lá das estepes; juntámos os sons lapidares e açucarados que movem as literaturas de Portugal e Brasil, em bicentenário; revisitámos o passado lancinante dos hebreus entre nós, apresentámos escritores e livros, na sagração da Palavra e das Ideias. Solidários, aprofundámos laços com parceiros como a Casa da Achada, o Chão de Oliva, ou a Sociedade Filarmónica Os Aliados, entre outros, cientes de que juntar esforços só pode somar, e nunca diluir ou desfeitear.
Vimos desejar a todos um 2023 vivo e atento, cientes de que todos os dias devem ser aplicados em viver e não em sobreviver, e contamos com todos para produzir Cultura e assim continuar a fazer Cidade, matriz identitária da Alagamares ao longo dos últimos 17 anos.
Aos que tiverem disponibilidade gostaríamos de pedir que nos enviassem umas palavras para o nosso site via alagamaressintra@gmail.com sobre como vêm o futuro da Cultura, e os vossos planos e ideias para habitar o mesmo.
Saudações Culturais e Auspicioso 2023!
ALAGAMARES-ASSOCIAÇÃO CULTURAL
"Sempre na estrada, nunca na berma"
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