Encontra-se
em fase de classificação o monumento arqueológico do Alto da Vigia, na Praia
Grande, o que só peca por tardio, dada a importância do local e a crescente
descoberta de novos vestígios e pistas para a compreensão dum passado
multicultural e ecuménico desta Sintra ponte de culturas.
Descoberto
em 1505 por Valentim Fernandes, tipógrafo de Lisboa, o conjunto de dezasseis
colunas depois descrito por Francisco de Holanda em 1571, era um círculo cheio
de cipos e memórias dos imperadores romanos sobre um outeiro junto ao mar, datado
do século I, e tido como um arqueossítio dedicado ao imperador Tibério, nos
quais recorrentemente se encontram referências ao Sol e à Lua. A partir de
2008, os estudos locais tiveram um impulso determinante com as investigações de
Patrícia Jordão e Alexandre Gonçalves, que, integrando uma equipa do Museu
Arqueológico de S. Miguel de Odrinhas estudaram o local, dando a conhecer ter
aí também coincidido estruturas islâmicas medievais e um ribat, convento fortificado para defesa do território.
A
classificação do local será importante pois para permitir a criação de um
campus de investigação e de mais um núcleo de estudo da rica história dos povos
do promontório da lua.
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