Realiza-se hoje em S. Tomé e Príncipe a Cimeira da CPLP, organização que não se pauta hoje por ser um clube de democracias, com a Guiné Equatorial de Teodoro Obiang à cabeça, a Angola de João Lourenço ou o narcoestado da Guiné Bissau. Se há dias se criticaram os BRICS por quererem virar um clube mal frequentado dirigido pela China e pela Rússia (e agora com o Egito, a Arábia Saudita e o Irão, entre outros) há que ser assertivo sobre o que se pretende com esta organização, para lá de propalar a defesa da maltratada língua portuguesa e apostar na diplomacia económica, da qual Portugal não tira frutos, ficando com a retórica e outros com os negócio
A CPLP está em estado comatoso, e só o Brasil tem dimensão para, se quiser, dar novo alento à organização, se bem que o regressado Lula é agora o amigo de Putin e protocandidato a referência do Sul Global, seja este democrático ou não, deixando sérias dúvidas sobre o futuro ou utilidade destas cimeiras, cada vez mais apenas para cumprir calendário, tirar fotos com paisagens tropicais em fundo ou assistir a algum mergulho matinal do nosso omnipresidente Marcelo.
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