30 ANOS DO DESAPARECIMENTO DE FRANCISCO COSTA
SESSÃO EVOCATIVA
PALÁCIO VALENÇAS 2
DE ABRIL 16H. Entrada livre
Francisco Costa (1900-1988) foi um escritor genuinamente
sintrense: nasceu, casou, viveu, trabalhou e morreu em Sintra, a 2 de abril de
1988, passam este ano 30 anos. Foi muitos anos contabilista na Adega Regional
de Colares e, em 1939 transitou para a Câmara Municipal de Sintra, onde fundou
a Biblioteca e o Arquivo Municipal, no Palácio Valenças.
Foi autor de Pó, livro de poemas, em 1920, recebendo
louvores críticos de Ferreira de Castro. Posteriormente, em 1925, publicou
Verbo Austero, que colheu os favores de Fidelino de Figueiredo, crítico
literário classicista, e de Fernando Pessoa, que lhe pediu alguns poemas para a
sua revista Athena. Neste livro, é publicado o soneto Cruz Alta, inscrito no
cume da Serra da Sintra. São seus, entre outros, os romances A Garça e a
Serpente (1943) Primavera Cinzenta (1944) Revolta de Sangue (1946) e Cárcere Invisível
(1949).
Na década de 50
publicou a trilogia a que deu o título geral de Em Busca do Amor Perdido:
Acorde Imperfeito (1954) Nocturno Agitado (1955) e Cântico em Tom Maior (1955).
Em 1964, publica o romance Escândalo na Vila e em 1973 Promontório Agreste.
No plano da
história, são de sua autoria os três volumes dos Estudos Sintrenses. Em 1962
criou no palácio Valenças uma sala onde recolheu a documentação produzida pela
Administração do Concelho de Sintra, os livros de atas da Camara Municipal
produzidos desde 1794 e os forais manuelinos de Sintra e Colares atribuídos em
1514 e 1516, respetivamente. Estava dado o primeiro passo no sentido de uma
efetiva ação de recolha e tratamento sistemático da informação arquivística
então existente. Encontra-se em fase de recuperação por parte da CMS a casa
onde viveu em Sintra, projeto de Raul Lino e destinado a um Centro de
Interpretação Literário.
Assinalando os 30 anos do seu desaparecimento,
realizar-se-á uma sessão evocativa, promovida pela Câmara Municipal de Sintra,
sendo oradores Carlos Manique da Silva, historiador, Miguel Real, escritor, e
Júlio Cardoso, coordenador do Arquivo Municipal de Sintra.
Artigos sobre Francisco Costa:
Miguel Real
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Carlos Manique
Eugénio Montoito