Posta a parafernália das declarações de amor ao planeta e ao
desenvolvimento sustentável, o circo de rastafaris e activistas vegan e alguns
patuscos que sempre surgem nestas ocasiões, a Cimeira Rio+20 está transformada
em mais um cinematográfico flop, por entre índios da Amazónia passeando no
metro do Rio de Janeiro e os burocratas da ecologia que não distinguem um
colibri duma andorinha e preparam esotéricas declarações de fé no planeta em
processo acelerado de exaustão.Sem contar as toneladas de papel gasto, quando
poderia ser utilizada comunicação virtual amiga do ambiente, do combustível
gasto nos aviões para levar as centenas de delegados a passear em Copacabana e
na floresta da Tijuca, ou nas gongóricas conclusões que terão o mesmo destino
do Protocolo de Quioto (lembram-se?) desta cimeira pouco se pode esperar, e
disso são testemunho as ausências dos dirigentes mundiais mais poluidores,
fugindo de serem apanhados em compromissos politicamente correctos mas
economicamente incompatíveis com modelos de desenvolvimento estafados.É certo
que se farão juras na economia verde, e criarão mais uns quantos fóruns e
institutos. Tudo se prometerá para reduzir o CO2 e ajudar os países emergentes.
Porém, apesar da maior consciência ambiental global, a perda de biodiversidade,
a exaustão dos recursos e a desflorestação e redução de zonas húmidas
continuarão, de cimeira em cimeira, num planeta cada vez menos azul.
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