Existe em Galamares, entre Sintra e Colares, um cineteatro, inaugurado em 1916 por iniciativa do Visconde de Monserrate, onde durante décadas se realizaram récitas, festas e sessões de cinema. Até Viana da Motta aí tocou em 1923, numa iniciativa destinada a obter receitas para a electrificação da estrada de Sintra a Colares.
Com pinturas e murais de António Graça, Júlio Fonseca e Garibaldi Martins, artesãos ao serviço do visconde, foram recorrentes as récitas onde pontificavam Guilherme Oram ou Eduardo Frutuoso Gaio, o conjunto de saxofones da Sociedade União Sintrense ou o Cynthia Jazz e Os Mexicanos. Depois de um período de apagamento nos anos 70 e 80, sob impulso de galamarenses como Edgar Azevedo ou António Jorge Manata ressurgiu em 1979, tendo nos anos 90 tido o renascido Grupo Desportivo e Cultural de Galamares destaque no ciclismo e no atletismo, onde se destacou por exemplo, na conquista da I Maratona Popular de Badajoz, em 1996.
Mercê do esforço da população, desde então se tem vindo a reabilitar na traça original o dito salão, com o brilho e arte de então, confluindo também nessa tarefa a colaboração da Escola Profissional de Recuperação do Património de Sintra. A 24 de Junho de 2012, finalmente irá reabrir esse espaço mágico, devolvido à população e em prol da cultura e associativismo locais.
Em baixo, uma reportagem feita no local pelo Sintra Canal onde já se podem ver as paredes ganhas para a vida, honrando a memória dos fundadores de 1916.
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