A deriva economicista em que Portugal caiu chegou ao ar, que
agora também vai passar a ser pago. Resulta isto da taxa de 152 euros
para a organização de passeios em áreas protegidas dos parques naturais
agora decidida, coarctando o livre acesso à natureza e independentemente da
dimensão ou capacidade económica de quem pede a autorização. Apesar de o ICNB
ressalvar que tal taxa se aplica apenas às zonas de protecção total, a emissão de
um parecer prévio nesse montante é de molde a interditar a fruição humana em tais
espaços, que de protegidos, assim se transformarão em abandonados, e não por
qualquer preocupação ambiental, afectando sobretudo os praticantes de
caminhadas. Além do valor exorbitante, tais autorizações têm de ser solicitadas
com 40 dias de antecedência. Atente-se porém no seguinte: andar de carro no
Gerês, pode custar apenas 1,5 euros e isto apenas entre Junho e Setembro e na
Mata da Albergaria. Será que andar a pé é mais poluente e ameaçador para a
biodiversidade do que um automóvel? A seguir o quê: pagar para entrar nas praias?
Isto em Sintra engloba todo o parque natural de Sintra-Cascais?? Todo o parque é área protegida, não sei quais serão as tais zonas de protecção total...
ResponderEliminarÉ mais uma fonte de dinheiro que se aperceberam que podia render, não será certamente pela preocupação com a protecção da natureza! As pessoas que realmente fazem caminhadas na serra (e não digo ir à Peninha fazer um piquenique e dar por ali uma volta) terão, com bastante certeza, consciência do comportamento adequado a ter durante o percurso no parque, de forma a não incomodar as espécies presentes no local e a não deixar quaisquer sinais de que lá tenham passado.