A Ernst & Young realizou um estudo sobre o impacto da pandemia nas indústrias culturais europeias e concluiu ter havido em 2020 uma quebra de 31% em relação a 2019. O ano passado refletiu-se negativamente em todos os setores, sendo que nas artes de palco e na música as perdas foram de 90% e 75% respetivamente, e que será preciso uma década para a recuperação.
As artes performativas e a música sofreram quebras entre os 20% e os 40%, as artes visuais 38%, a arquitetura 32%, o setor do livro 25%, o audiovisual 22%, além da publicidade (28%) imprensa (23%) e rádio (20%).
Segundo esse estudo, o setor cultural representava em 2019 4,4% do produto interno bruto da União Europeia, com receitas de 643 mil milhões de euros, e empregava 7, 6 milhões de pessoas.
Há, pois, que encarar este setor como estratégico na retoma da economia no curto e médio prazo, até porque é um segmento onde a transição verde e digital mais rapidamente se pode fazer, sem perder de vista que a Cultura perpetua a Memória, é fator de Inclusão e contribui para a Mudança. E é, sobretudo, Investimento, e não Despesa.