Estes ingleses ditos nossos mais velhos aliados nem sempre o
foram. E se ajudaram em Aljubarrota também foram ajudados quando, estando
Carlos II na penúria foi o casamento com Catarina de Bragança quem lhes levou o
dinheiro, as possessões e até o chá que hoje bebem.
Já durante as invasões francesas, foi por causa deles que
Napoleão mandou invadir Portugal, por sermos fieis à velha aliança e recusado o
Bloqueio Continental, tendo eles, depois de nos "ajudar" feito do país um protetorado até 1822, e
mandado entretanto enforcar Gomes Freire de Andrade. Como ponto alto da
"amizade", o famoso Ultimato com que nos humilharam após o Mapa Cor
de Rosa, bem retratado na letra do nosso Hino, cuja primeira versão, indignada,
era "contra os bretões, marchar, marchar."
Sejamos claros: após o desconfinamento, os países mais
afetados esconderam os mortos e os infetados, e só Portugal, ingénuo, não se
apercebeu de que era "the economy, stupid!". Por um lado, seriam de
dispensar as hordas de proletários ingleses bêbados, de peúga branca e
sandálias, que anualmente fazem do Algarve o seu quintal de férias. Por outro,
não há que fugir ao facto de a british pound pesar muito na economia local,
culpa de nos termos tornado um país de serviços cujo maior ativo é o sol.
Venham aos menos os irlandeses e os escoceses, que também bebem muito, mas ao
menos sabem cantar.