Foi a 10 de Janeiro de 1952 que a
Câmara de Sintra decidiu que o feriado municipal fosse o dia de S. Pedro, 29 de Junho,
depois de durante alguns anos tal feriado ter sido a 29 de Agosto, data da morte em Sintra
do escritor Latino Coelho em 1891. E porque não 9 de Janeiro, data em que em 1154 D. Afonso
Henriques concedeu foral a Sintra?
O 29 de Agosto foi a data emblemática
dos republicanos, o 29 de Junho a data com que o Estado Novo quis neutralizar
leituras políticas, não obstante invocar para tal escolha a feira de S. Pedro, numa época em que os feriados passaram todos a coincidir com dias de santos, como ainda hoje ocorre. Pelo meio ainda se celebrou a 14 de Agosto, em homenagem a Nuno Álvares Pereira e à Batalha de Aljubarrota.
O 9 de Janeiro marca a data em que, 7 anos após ter caído sem luta, num dia de Novembro de 1147, nas mãos do primeiro Afonso, lhe foi dada dignidade jurídica e uma carta de direitos e deveres, sendo 30 os primeiros cristãos que de seguida se instalaram no Arrabalde, daí administrando em nome do rei, em paz com a vasta comunidade moura que em suas várzeas e hortas continuou a trabalhar a terra.
O 9 de Janeiro marca a data em que, 7 anos após ter caído sem luta, num dia de Novembro de 1147, nas mãos do primeiro Afonso, lhe foi dada dignidade jurídica e uma carta de direitos e deveres, sendo 30 os primeiros cristãos que de seguida se instalaram no Arrabalde, daí administrando em nome do rei, em paz com a vasta comunidade moura que em suas várzeas e hortas continuou a trabalhar a terra.
Se as datas têm de ter simbologia,
que esta seja no sentido de unir a comunidade, e celebrar Sintra em torno de
datas históricas relevantes mais contribuiria para que de quando em quando não
se tivesse de vir a escolher novas datas.Isto, enquanto os feriados não acabarem de vez, num avassalador quadro de branqueamento da nossa História e valores, como o que actualmente assola o país.
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