2012 não será ainda tempo de viragem, agora que a Europa tem pela frente a recessão, e muitos países chave ficarão em compasso de espera atentos calendários eleitorais ao longo do ano.
Entre nós, austeridade e cortes continuarão a ser as palavras de ordem, com visitas da troika de três em três meses, perda de direitos, privatizações apressadas, a única expectativa residirá na prestação da selecção no Euro 2012 na Ucrânia e também em torno do que será Guimarães Capital Europeia da Cultura.
Na Europa, com Sarkozy em campanha, até Maio será tempo de espera. Na altura em que o desastre do Titanic fará 100 anos, expectativa sobre a recuperação da zona euro ou seu naufrágio definitivo. Em foco estarão também os Jogos Olímpicos em Londres, as eleições russas e os 200 anos no nascimento de Charles Dickens.
Da Ásia podem vir novidades. A incerteza da herança do Querido Líder, a mudança de poder em Pequim lá para o fim do ano (sai Hu Jintao, entra Xi Jimping) e a Índia a votos, serão outras das equações a ponderar. As primaveras árabes passarão por momentos decisivos, com os olhos em Damasco, Sana, Riad e o eterno problema israelo-árabe.
Do lado da América, Obama tenta a reeleição, já sem a chama de 2008, a sul o Brasil emerge e organiza o Rio+20, Chavez sem cabelo vai tentar a reeleição.
O Facebook entrará na Bolsa, o Bosão de Higgs poderá ser descoberto, espalhar-se-ão IPad’s e Iphone’s, haverá avanços no conectoma humano, na white space wireless, o espaço guardado chegará aos yotta (1000 biliões de gigabytes). Se na ciência o infinito é o limite, na finança ou no ambiente os dias serão de apreensão, e muitos poderão dizer: e não se pode seguir já para 2013?